29 de mai. de 2013

...e pra quem gosta de ler.............

Pra quem gosta da tal da produção cultural, selecionei vários links com livros totalmente gratuitos e excelentes. Já li todos e recomendo muito!
Queria achar um local com todos estes links. Como não encontrei, resolvi eu mesma criar!

Boa leitura a todos!!!



Dica pra quem queira fazer boas pesquisas sobre Produção Cultural: os quatro volumes on line do box da Azougue Editorial já estão disponíveis! É só acessar os links. 



Volume I, clique AQUI
Volume II, clique AQUI
Volume III, clique AQUI
Volume IV, clique AQUI


Quem quiser um pouco mais, pode também conferir o site com diversas vídeo-entrevistasAQUI.


Guia do Empreendedor Sociocultural. Um livro pequeno e de fácil leitura! 


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Livro PENSAR E AGIR COM A CULTURA, vários textos dos professores e pesquisadores do OBSERVATÓRIO DA DIVERSIDADE CULTURAL.Estudei Gestão Cultural no Observatório e adorei! Eles são feras!!! Vale muito a pena ler este livro!



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Livro CIDADES CRIATIVAS, da Ana Carla Fonseca. Tive o prazer de conhecê-la, assistir sua palestra e comprar seu livro, que é genial!


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Livro REPROGRAME SUA CONCEPÇÃO DE MUSEU. Tenho que confessar... é o meu preferido. E o autor organizador, Luis Marcelo Mendes é fera na área de museus. Também tive o prazer de conhecê-lo, assistir sua palestra e comprar seu livro! Delicie-se!!! Ah, e para download, tem as versões em inglês e português!

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APROVEITEM!!!!




22 de mai. de 2013

MEU MANIFESTO CRIATIVO

Depois do curso NINGUÉM VAI FAZER POR VOCÊ - GESTÃO FAÇA VOCÊ MESMO DE CARREIRAS CRIATIVAS INDEPENDENTES com RAFAELA CAPPAI, lemos um MANIFESTO DO ARTISTA INDEPENDENTE que mexeu muito comigo. 
quer ler também? Clique aqui.

E eu resolvi fazer o meu manifesto... lá vai...




MANIFESTO CRIATIVO DE UMA FAZ-TUDO NA GESTÃO E NA PRODUÇÃO CULTURAL

Oi, muito prazer! Eu sou a Flávia. Tenho 28 anos, e há 3 anos eu resolvi jogar tudo pro alto e investir na minha carreira cultural. Não, eu não tenho o sonho de ir parar na televisão. Já subi no palco, já interpretei, já dancei. Mas hoje, eu sou uma Gestora Cultural.

Me formei em Direito, o sonho do meu pai. Me frustrei na faculdade, tomei antidepressivos, não tinha muitos amigos e achava todos os meus colegas quadrados demais para meu mundo. Minha maior frustração foi ver meu convite de formatura e perceber que nada que estava ali se parecia comigo. Mas meus colegas não eram quadrados e o convite não era feio: eu é que estava no mundo errado. 

Sofri para passar na prova da OAB, e até hoje não sei porque esta é uma das minhas grandes conquistas. Advoguei por um tempo. Cresci na profissão. Entrei em um escritório como estagiária e saí como advogada chefe de carteira. Tinha um nome na área. Mas estava sufocada dentro do terninho.

Resolvi largar uma carreira estável e me matriculei numa pós-graduação em Gestão Cultural escondida da minha família. Lá, encontrei atrizes, maestros, palhaços, bailarinos, outros advogados. Me encontrei. Sim, aquele era meu mundo. 

Meu mundo é meu desde que nasci. Um dos meus primeiros brinquedos, uma corda de pular, virou microfone. E assim, desde pequena, tudo virava arte. E eu achava que a gente crescia e a arte ia embora... Tentaram tirar esse mundo de mim, mas eu fui encarafunchando até reencontrá-lo.

 Na Gestão Cultural, conheci a produção e hoje vivo nesse mundo que todos consideram maluco e irreal. Mas ele existe e é muito firme. 
Eu não tomo mais antidepressivos e não tenho problemas de baixa-estima. Eu não tenho hora pra dormir e adoro procrastinar para acordar. Todo mês acrescento mais um livro interessante na minha estante e todos estão rabiscados por canetas marca-texto. Meu currículo é diverso e sei um bocado de coisa aqui e acolá.

Minha mesa é uma loucura e eu convivo diariamente com cantores, artistas plásticos, bailarinos, assessores de imprensa, produtores... Ganho convites para festas e espetáculos. Tenho uma agenda cheia de compromissos

Não tenho carro e dependo de ônibus e metrô para visitar meus clientes. Faço propostas, projetos, planejamentos, briefings. Quando tem edital aberto, emendo noites e esqueço até de tomar banho. As paredes da minha casa são repletas de folders e cartazes dos espetáculos que vou. Sempre amplio minha rede de contatos e não tenho medo da solidão.

Por sorte, tenho um paizão que me ajuda financeiramente e paga meu plano de saúde. Mas é o paizão, meu herói, que me pergunta o tempo todo: "quando você vai ter foco? Quando vai tentar um concurso público?". Às vezes, acho que meu herói não me conhece. Já a minha mãe e meu irmão, ficam olhando de perto e torcendo os dedos para que tudo dê certo. 
Eu não abro mão da honestidade e bato boca quando acho que o dinheiro público está sendo mau empregado

 Abri mão de ter uma carreira estável no serviço público e de ter um apartamento próprio. Sonho com meu casamento performático, mas não sei quando terei dinheiro pra isso. Não sei se poderei ter filhos. Não sei se vou ter meu carro. 

Não me sinto uma estranha no ninho porque eu tenho minha galera. Pra mim, o divertido é beber no Maletta e dançar no Bordello. Tomo sol na Praia da Estação e tiro fotos no Pinhole Day. Tomo café na Feira da Afonso Pena e adoro assistir ao pôr-do-sol da Praça do Papa. 

Eu trabalho com planejamento. Por isso, tenho que estudar muito. Faço até 2 cursos por mês para me manter atualizada. Adoro dar aulas. Já ministrei 4 palestras e adorei. Recebi uma proposta para ministrar um curso e estou empolgada com a ideia. Acredito que tenho que passar tudo que sei. Quero formar cabeças pensantes.

Eu defendo o estudo. Eu defendo a arte. Eu defendo a minha e a sua liberdade.

Eu construo a cada dia uma carreira sólida e sustentável. Quero um dia não depender mais financeiramente de ninguém. Quero comprar minha casinha de sapê e esboçar um filho. Mas sei que leva tempo.

 Se eu fosse juíza, já teria isso tudo. Mas eu abri mão do dinheiro pra ser feliz e trabalhar naquilo que acredito.

Eu sei que caixão não tem gaveta. Mas já me disseram que espírito tem memória... 

Então...